3 – Noções básicas de análise de imagens e vídeos – black spots, orbs, rods e blurfos

Conforme já dissemos em posts anteriores, ufólogos como Toni Inajar afirmam que, infelizmente, 99% das imagens analisadas possuem explicação lógica. Nosso intuito é justamente filtrar as possíveis causas naturais e chegarmos aos tais 1% de imagens que poderiam, quem sabe, realmente retratar algo especial!

No primeiro post, falamos da importância em se utilizar a metodologia e o conhecimento científicos para o estudo dos fenômenos ufológicos. No segundo post, abordamos como podemos identificar sujeiras, reflexos e os famosos efeitos ópticos lens flare.

Continuando os estudos, neste artigo abordaremos outros fenômenos interessantes, os tais “pontos negros”, às vezes confundidos com “Nibiru”, além de casos de orbs, rods e blurfos.

Black Spots ou pontos negros

Bom, discussões à parte acerca a existência (ou não) do planeta “Nibiru”, muitas vezes, nestes alguns anos de estudo, deparei-me com posts sobre o tal “Nibiru” ter sido, supostamente, detectado em fotografias e filmagens quando, a um olhar mais atento, vislumbramos tratarem-se, algumas vezes, de efeitos de flare lens, mas, algumas vezes, do efeito tratado neste item: “pixeis desligados”!

Como assim, pixeis desligados?

Esse é um problema comum das primeiras gerações das câmeras digitais, com sensores de luz mais antigos, e ainda presentes em parte das câmeras de segurança atuais. Cada câmera digital possui um sensor eletrônico de imagem que converte luz em sinais eletrônicos. Se o objeto é muito brilhante,  como o Sol, ele pode sobrecarregar o sensor, ultrapassando sua capacidade de processamento, fazendo com que os capacitores de cada um dos pixeis se desliguem, formando o tal “ponto preto”. Vários pontos pretos desligados dão a impressão de uma pequena bola preta no Sol. Vejam alguns exemplos:

Fonte: www.foundmyself.com


Fonte: viewzone.com


Fonte: viewzone.com


Fonte: quora.com

 



Fonte: uulight.net


Fonte: Twitter


Fonte: imgur.com/

 

Orbs

Orbs, em inglês, quer dizer “esferas”, e se referem a fenômenos relativamente novos, que surgiram com as primeiras câmeras digitais, na década de 1990, onde “bolas” de luz aparecem nas imagens e vídeos:

Fonte: WhatsApp

Há muita controvérsia com relação ao que sejam realmente os orbs. Muitos pensam que as estranhas esferas ou bolas de luz captadas em fotos ou vídeos são fenômenos paranormais, como personificações de espíritos, elementais, bolas de energia e, até mesmo, sondas extraterrestres.

Apesar de esta autora acreditar nas possibilidades paranormais, infelizmente constatamos que a maior parte das imagens de orbs difundidas nas redes sociais têm explicação científica.

Trata-se de um fenômeno bastante conhecido em fotografia, que ocorre geralmente com câmeras digitais (orbs obtidos em imagens feitas em máquinas de rolo são muito raras) em cenas com pouca luz, quando se utiliza o flash da câmera. Nesta situação, as partículas suspensas no ar (também pode ocorrer em fotos debaixo d’ água) como poeira, esporos de mofo, pólen, chuva ou insetos refletem a luz do flash e são captadas pelas lentes da câmara de modo desfocado, dando a impressão de serem muito maiores do que realmente são.

O renomado ufólogo Claudeir Covo estudou o fenômeno e concluiu que o orb sempre será circular quando o diafragma da câmera estiver totalmente aberto; porém, quando o diafragma se apresentar levemente fechado, o orb se apresentará de acordo com a quantidade de palhetas do diafragma, que pode ser tetragonal, pentagonal, hexagonal, etc., conforme a imagem abaixo:


Diafragma de câmera fotográfica
Fonte: https://fotografiamais.com.br/diafragma-camera/


Agora, se o orb estiver aparecendo atrás de algum objeto ou pessoa, onde seria impossível refletir alguma luz, ou se a esfera apresentar maior densidade do que os objetos ao redor, se apresentar brilho ou iluminação próprios ou se mover independentemente do vento, então, quem sabe, realmente possa tratar-se de um fenômeno paranormal ou até extraterrestre.

Vejamos alguns exempos de “orbs”:


Fonte: Wikipedia



Fonte: Wikipedia




Fonte: WhatsApp

Veja, abaixo, vídeos mostrando experiências práticas sobre ORBs, conduzidas pelo ufólogo Claudeir Covo:

https://www.youtube.com/watch?v=3FkrLvY8tPY

https://www.youtube.com/watch?v=2bqLaWljPSE


Rods

Rods, traduzidos literalmente como “bastões” ou “bastonetes”, referem-se a objetos alongados e luminosos que aparecem em imagens e vídeos. Do mesmo modo que os orbs, algumas pessoas atribuem tais fenômenos a ocorrências paranormais, elementais, formas de vida extraterrestre, criaturas extradimensionais ou OVNIs muito pequenos.

Um dos mais declarados defensores dos rods como formas de vida alienígenas foi o falecido ufólogo e produtor cinematográfico Jose Escamilla, que afirmou ter sido o primeiro a filmá-los em 1994 em Roswell, Novo México, enquanto tentava filmar um OVNI. Mais tarde, Escamilla fez vídeos adicionais e começou a ministrar palestras, chegando a lançar documentários sobre o encobrimento de OVNIs.

Crédito: José Escamilla. Fonte: Revista UFO número 110 (2005)

Entretanto, atualmente sabe-se que esses artefatos em forma de bastonetes aparecem comumente em vídeo e fotografia, normalmente em locais de pouca luminosidade, como resultado de uma ilusão de ótica devido ao desfoque de movimento, especialmente na gravação de vídeo entrelaçada, e são tipicamente trilhas de insetos voadores e de seus batimentos de asas.

Também chamados de Skyfish (“peixes do céu”, literalmente), estão presentes na natureza, mas voam rápido demais para que possamos enxergá-los. São anomalias lineares capturadas (geralmente) em vídeo, não vistos a olho nu. Raramente são capturados com o uso de câmeras fotográficas, mas isso é possível, desde que sejam utilizados tempos de exposição relativamente longos.

Vejamos mais exemplos de rods:


Mariposas sendo atraídas por um holofote e o efeito Rod
Fonte: Wikipedia


Rods voadores. Fonte: northcoastjournal.com


Fonte: aage-nost.com


Fonte: cryptidz.fandom.com


Fonte: Whatsapp


Fonte: Whatsapp


Fonte: Whatsapp


Fonte: Whatsapp


Fonte: Whatsapp


Veja, abaixo, um vídeo com uma experiência prática sobre Rods, conduzida pelo ufólogo Claudeir Covo:

https://www.youtube.com/watch?v=-FKN5pqMDFk


Blurfos

O termo Blurfo é um neologismo da língua inglesa, composto pelas palavras blur (borrão, nódoa, mancha) e UFO (Unidentified Flying Object, ou seja, Objeto Voador Não Identificado – OVNI). São imagens que, quando analisadas atentamente, percebe-se serem objetos que passam muito rapidamente em frente à câmera ou filmadora e se encontram fora do foco.

Alguns estudiosos chamam essa área “fora de foco” de “Blurfo Zone” ou “Zona de Blurfo”. O ufólogo Gevaerd os apelidou, carinhosamente, de “passarinhóvnis“. Vejam as explicações nos infográficos abaixo:

Fonte: rense.com

Qualquer objeto passando por essa zona desfocada (próximo à câmera quando o foco estiver no infinito ou então quando estamos utilizando o ZOOM para focalizar objetos distantes) acaba se transformando em bolhas, manchas, discos, rastros, etc. Pequenos insetos ou aves parecerão grandes e escuros.

Fonte: rense.com

Vejamos alguns exemplos:

Fonte: rense.com



Fonte: lightsinthetexassky.blogspot.com



Fonte: ansuitalia.it

Acessem o artigo completo “Blurfos não são UFOS”, no nosso site, aqui.

Mas tudo tem explicação então? Não existem OVNIs?

Lembremos, entretanto, que, apesar de a maior parte das imagens de supostos OVNIs possuírem explicações lógicas, há aqueles 1% de imagens ou vídeos inconclusivos, e é para isso que estamos aqui! Nem tudo é sujeira ou reflexo nos vidros, Lens Flare, Orb, Rod, Blurfo, etc.. Mas, como estudiosos ou pesquisadores, temos a obrigação moral de analisar cada imagem.

Há milhares de registros de objetos voadores não identificados capturados em fotos ou filmes cujas análises são inconclusivas e podem SIM, talvez, se referirem a naves espaciais reais.

Nos próximos posts, continuaremos a detalhar a identificação de possíveis causas naturais. Pretendemos, no próximo artigo, falar um pouquinho sobre halos solares, círculos ou anéis de fumaça, nuvens lenticulares, raios, relâmpagos, raio bola, fogo fátuo e afins…

Finalizando, gostaria de lembrar, novamente, que não faz parte dos objetivos do Grupo de Estudos Ufologia Integral Brasil – UIB – analisar imagens ou vídeos; os artigos fornecem apenas orientações iniciais sobre o assunto, de modo que cada um possa realizar seus próprios estudos e análises.

Fontes:
https://www.ufologiaintegralbrasil.com.br/blurfos-nao-sao-ufos/
https://fotografiamais.com.br/diafragma-camera/
https://www.northcoastjournal.com/NewsBlog/archives/2015/08/09/humbug-flying-rods
http://www.aage-nost.com/419573331?i=141396121
https://cryptidz.fandom.com/wiki/Air_Rods
https://rense.com/general49/blurfo.htm
http://lightsinthetexassky.blogspot.com/2010/07/is-it-bird-bug-or-is-it-ufo-blurfos.html
http://www.ansuitalia.it/Portale/articoli/45-polemiche/1490-i-rods-i-blurfo-gli-orbs-e-gli-scettici.html

https://www.foundmyself.com/Vlub/art/thres-a-black-spot-on-the-sun-today/44730

http://www.viewzone.com/blacksun.html

http://moblog.net/view/80078/theres-a-little-black-spot-on-the-sun-today

http://www.uulight.net/en/sun/index.html

https://old.ufo.com.br/entrevistas/rods-uma-nova-forma-de-vida/

https://rationalwiki.org/wiki/Jose_Escamilla

Fontes audiovisuais:
https://www.youtube.com/watch?v=3FkrLvY8tPY
https://www.youtube.com/watch?v=2bqLaWljPSE
https://www.youtube.com/watch?v=-FKN5pqMDFk

FaTaMoRGaNa tem 49 anos e trabalha em Governança de TIC. Desde pequena sempre acreditou, ou melhor, sempre teve a CERTEZA da existência de vida fora do planetinha azul. A obra de Deus é infinita e não iria se restringir ao que nossos olhos conseguem enxergar. Já presenciou luzes e objetos não identificados, mas espera um dia perder o medo para conseguir uma experiência de contato mais concreta.

Importante: o conteúdo, os fatos e as opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor(a) e não refletem, necessariamente, a opinião dos administradores do UIB.

Equipe UIB

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